Quais Investimentos Estudar para Quem esta Começando a Investir
- murainvest
- 3 de nov.
- 4 min de leitura
Atualizado: 11 de nov.
Quando você pensa em investir, qual é a primeira coisa que vem à mente? Provavelmente “rendimento”, “lucro” ou “fazer o dinheiro trabalhar por mim”. Mas aqui vai uma verdade que poucos falam: o primeiro passo não é investir — é entender.
Muita gente começa a investir porque ouviu um amigo dizer que “CDB está pagando bem” ou porque viu um vídeo no YouTube sobre ações que dobraram de valor. Só que investir sem entender é como dirigir um carro sem saber para onde está indo. Você até pode se mover, mas dificilmente vai chegar ao destino certo.
Neste artigo, vamos te mostrar quais investimentos realmente valem o seu estudo no início da jornada, em que ordem você deve conhecê-los e o porquê de cada um. Ao final, você vai ter uma visão clara e segura do caminho que leva do iniciante ao investidor consciente.

1. Antes de investir, entenda você mesmo
Antes de escolher onde aplicar seu dinheiro, você precisa entender quem é você como investidor. Isso é o que chamamos de perfil de investidor, e ele basicamente define sua tolerância ao risco.
Existem três grandes perfis:
Conservador: prioriza segurança e liquidez. Prefere saber exatamente quanto vai receber.
Moderado: busca um equilíbrio entre segurança e rentabilidade.
Arrojado: aceita oscilações em troca de ganhos maiores no longo prazo.
Saber seu perfil é o que vai guiar todas as decisões daqui pra frente. É como um mapa: sem ele, você pode acabar tomando caminhos errados, escolhendo investimentos que não combinam com seu momento ou seus objetivos.
Dica prática: Defina seus objetivos financeiros antes de investir. Anote metas de curto (1 ano), médio (até 5 anos) e longo prazo (acima de 5 anos). Isso ajuda a entender qual tipo de investimento faz sentido em cada fase.
2. Reserva de emergência: o investimento que te mantém vivo
Nenhum investimento faz sentido se você não tiver uma reserva de emergência.Ela é o seu colchão financeiro, aquele dinheiro que te protege de imprevistos: Uma demissão, um problema de saúde, um conserto no carro.
A reserva deve cobrir de 3 a 6 meses do seu custo de vida. Se você gasta R$ 2.000 por mês, sua reserva ideal está entre R$ 6.000 e R$ 12.000.
Mas onde deixar esse dinheiro?
O foco aqui é segurança e liquidez — ou seja, aplicações que rendem um pouco, mas que permitem resgate rápido sem perda.
Boas opções:
Tesouro Selic
CDB com liquidez diária
Fundos DI simples
Esses investimentos rendem mais do que a poupança e são de baixo risco. A reserva não serve para “ficar rica”, e sim para não ficar pobre de repente.
3. Renda fixa: o primeiro passo real no mundo dos investimentos
Depois da reserva, é hora de começar a estudar renda fixa, o tipo de investimento mais indicado para quem está começando.
Pense na renda fixa como a educação fundamental dos investimentos. É aqui que você aprende conceitos como juros, liquidez, prazo e rentabilidade — com risco controlado.
Os principais tipos são:
Tesouro Direto: você empresta dinheiro ao governo. É seguro e acessível.
CDB: você empresta dinheiro ao banco e recebe juros em troca.
LCI/LCA: são como o CDB, mas isentos de imposto de renda.
Debêntures: você empresta dinheiro a empresas (exigem mais cuidado e estudo).
Para o iniciante, Tesouro Selic e CDB com liquidez diária são os melhores pontos de partida. Eles te dão segurança, simplicidade e uma base sólida para evoluir depois.
4. Fundos de investimento: investir junto com especialistas
Se você ainda não se sente seguro para escolher investimentos sozinho, os fundos de investimento podem ser uma excelente ponte.
Funciona assim: várias pessoas investem juntas, e um gestor profissional decide onde aplicar o dinheiro.
Vantagens:
Gestão feita por profissionais do mercado.
Acesso fácil à diversificação (você investe em vários ativos de uma vez).
Boa opção para quem está começando e quer aprender observando.
Desvantagens:
Taxas de administração (e às vezes performance).
Menor controle sobre onde o dinheiro é aplicado.
Os fundos mais indicados para iniciantes são:
Fundos de renda fixa simples
Fundos multimercado conservadores
Fundos imobiliários (FIIs) — que falaremos a seguir.
5. ETFs e BDRs: diversificação para quem já entendeu o básico
Depois de dominar renda fixa e fundos você pode estudar ETFs.
ETFs (Exchange Traded Funds): são fundos que replicam um índice, como o Ibovespa. Com um único ETF, você investe em dezenas de empresas de uma só vez.
Esses ativos são ideais para quem quer diversificar e investir com mais eficiência, mas ainda sem precisar escolher cada ação individualmente.
6. Educação financeira: o melhor investimento de todos
Nenhum ativo rende mais do que o conhecimento.A diferença entre quem apenas investe e quem realmente prospera está na educação financeira contínua.
Estude temas como:
Juros compostos
Planejamento financeiro pessoal
Diversificação de carteira
Psicologia do investidor
Tributação e custos de investimento
E se puder, conte com o acompanhamento de um consultor de investimentos — alguém que vai te ajudar a entender seus objetivos, seu perfil e traçar um plano sob medida para o seu momento de vida.
Conclusão: investir é sobre clareza, não sobre pressa
Começar a investir não é sobre “acertar o investimento do ano”. É sobre construir base, segurança e conhecimento.
Estude primeiro o que vai te dar estabilidade: reserva de emergência e renda fixa. Depois, evolua para fundos, FIIs e ações. E só então, explore o que é mais avançado, como ETFs, BDRs e criptomoedas.
O segredo está em respeitar o seu tempo e o seu perfil. Porque no fim das contas, o melhor investimento é aquele que te deixa dormir tranquilo à noite. Precisa de ajuda de um especialista para te ajudar nesse inicio? Entre em contato com um consultor abaixo.

